Nos últimos anos, intensificou-se a exigência por um ambiente de trabalho saudável dentro das empresas. Vemos diversas literaturas sobre isto como “Great Place To Work”; “As 150 Melhores Empresas para se Trabalhar”e se procurarmos este assunto em sites de busca encontraremos milhões de informações sobre a forte demanda por ter um clima organizacional favorável em prol de ótimos resultados financeiros. O grande responsável pelo equilíbrio entre ambiente de trabalho agradável e alta performance é um só: o líder.
E o que realmente acontece no mundo corporativo?
Numa pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Coaching, 84% das pessoas que trabalham nas empresas desempenham apenas 60% de seu potencial. Por quê? Qual é a relação com a liderança?
Segundo Abraham Maslow, todo ser humano almeja a realização pessoal, que só ocorre quando a pessoa está motivada e se sente pertencente a algo importante. Vale lembrar que a motivação é intrínseca, ou seja, ninguém consegue motivar alguém, mas sim, estimular.
O papel do líder é oferecer desafios aos seus colaboradores de forma a estimular a sua motivação e, ao mesmo tempo, dar sentido aos desafios oferecidos. O que gera um forte vínculo do colaborador com a organização tornando-o cada vez mais comprometido com os resultados a serem atingidos.
O verdadeiro líder dá poder ao colaborador e com isso gera um ótimo clima organizacional e resultados excepcionais. Muitos chefes e gestores não fazem isso, logo não conseguem a alta performance.
De acordo com o banco de dados da Muttare, consultoria de gestão, os dois principais estilos de liderança são:
Estilo modelador: (78,2% dos casos) consegue fazer que seus colaboradores façam suas tarefas da mesma forma como ele faria, não aceitando formas diferentes de execução. Se não consegue convencer o colaborador a fazer do seu jeito, torna-se autoritário.
Estilo afiliativo: (66,8% dos casos) com a justificativa de manter um clima agradável, evita o conflito a todo custo. Coloca “panos quentes” em situações em que demandariam um posicionamento, e como “protege” os seus colaboradores de pessoas ou situações “ruins”, sua equipe tem grande dificuldade de crescer na organização.
Com estes resultados, podemos afirmar que o modelador cria clones evitando a inovação e o afiliativo cria dependentes que não pensam por si. Os dois fazem um grande estrago nas organizações. Estes estilos não agem com foco na visão da empresa nem de acordo com os valores dela e sim por interesses próprios. Colocam a si em primeiro lugar.
Desta forma, o que você gostaria de ter em sua empresa: gestores ou líderes?
Roberta Yono Ebina
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